Mothern - Manual da Mãe Moderna

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26.11.03:::
 

A criança indobrável.

Desde ontem minha filha não anda.
O que a deixou assim não foi um acidente de carro, nenhuma síndrome rara, nem doença degenerativa paralizante (toc, toc, toc.).
O que a deixou presa à cama, ao colo ou rastejando (literalmente: ras-te-jan-do) pelo chão da casa foi um ridicularmente minúsculo arranhão no joelho.
(Fotografei sim, pra ninguém achar que eu tô relativizando a dor alheia).
Tudo começou com um tombinho bobo na escola. Quando eu fui buscar, estava andando quase normalmente. Ao chegar em casa, o arranhão virou uma enfermidade só menor do que o drama que a portadora do mesmo anda fazendo.
Esticar a perna? Nem pensar.
Apoiar o pé no chão? Nem com as piores chantagens emocionais.
Dar um passo? Só se for no colo de alguém, ou sentada de bunda no chão, arrastando o corpo com a força dos bracinhos.
(Deus me perdoe a comparação, mas ela tá "andando" igualzinha, igualzinha a uma mendiga aleijadinha que esmolava pelo Centro de Belo Horizonte quando eu era mais nova. Quem é daqui há de lembrar).
Isso desde ontem pela manhã.
Eu já tentei de tudo. Da infinita paciência materna, com direito a milhares de beijinhos e mãe faltando ao trabalho, até psicologias pouco ortodoxas, que incluem alguns berros e ameaças de palmada.
Não funciona.
Nada funciona.
Não consigo dobrar a Alice e fazê-la pelo menos tentar esticar a perna. Segundo ela, isso só vai acontecer quando a casquinha do machucado sumir, senão dói "muito, muito, muito, muito, muito, muito..."
(Persistindo esse veredicto, pelo pouco que eu conheço de processos cicatrizantes e Lei de Murphy, é altíssima a chance de eu embarcar para a Bahia, no domingo, com 14 kg no colo).

Como simpatizante de Leitura Corporal e outras abordagens holísticas para toda sorte de problemas, resolvi conversar a sério com o pai da criança:
- Ed, o que você acha que pode estar acontecendo?
- Como assim?
- Esse drama todo por causa desse joelho, o que será? Qual o recado que ela quer dar? Eu tô preocupada!


O pai, fiel a sua profunda formação zen-budista, filosofa:
- Juliana, já passou pela sua cabeça que a sua filha pode simplesmente ser uma chata?
Tem tanta gente chata e enjoada no mundo! Todas elas foram criança algum dia. Nossa filhinha querida também pode ser isso: uma mala!


É. Agora eu tô realmente mais calma.

: : Ju : :


8:20 PM

 

"Dezembro, e dói (ou não?) um pouco
esse abrir os braços para abraçar
o corpo, ou o sem-corpo, de uma espera
nervosa."

CDA


: : Ju (no auge da TPF, mas ainda com a sorte de um emprego que às vezes me obriga a ler Drummond) : :


4:34 PM

24.11.03:::
 

Estica... Dobra... Ouve!

O CD "Estica...Dobra" é o segundo trabalho de parceria entre o CLIC, espaço de brincadeiras e cultura para crianças, e o Curupaco, formado por Paulo Santos e Décio Ramos (Grupo UAKTI) e seus alunos. Dentre eles, Ana Lúcia Braga, professora de Música do CLIC, responsável pelo repertório e pela composição de algumas canções.
São canções e parlendas que revelam o espírito dessa parceria: ampliar os ritmos, os sons, a ludicidade e a tradição cultural das crianças.
O CD conta ainda com a participação do Coral de Crianças do CLIC e
de outros convidados especiais, como Beto Nastácia, Leuzinho Nastácia, Paulinho Carvalho, Bruno Pimenta e Theo Lustosa.
O CD será distribuído a várias lojas de Belo Horizonte, mas por enquanto está à venda no CLIC - Rua Campanha 138 - Carmo Sion. Tel: (31) 3287-9053, ao preço de R$25,00.

Taí uma bela sugestão de presente de Natal.

: : Ju : :


1:47 PM

23.11.03:::
 

Tem dia que a gente padece é no inferno mesmo.

: : Laura : :


4:11 PM

21.11.03:::
 

Garotas Classe Média

Vocês não vão acreditar no biscoito finíssimo que a Surya tava escondendo da gente!
Devorei em minutos, e ainda tô aqui lambendo as migalhinhas dos dedos.
Ah, Surya, isso não se faz!

: : Ju : :


5:46 PM

 

Mais um da série Teologia Motherna.

Relendo o post da Pipa que a Laura roubou, me lembrei agora de um caso parecido da Alice (que, como quase todo mundo por aqui já sabe, tem apenas 3 anos e meio). Outro dia eu estava voltando com ela da escola, no carro, em silêncio. E ela me saiu com esta:

- Sabe, mãe, quando um neném morre, e depois a mamãe tem outro neném, não é outro, não. É o mesmo neném de novo.

Eu não penso assim. O pai dela muito menos.
De onde essa menina tirou essa idéia, meu deus?!
Claro que eu perguntei quem tinha falado isso pra ela.
E ela respondeu:
- Ninguém. Eu que sei.

!!!!!!!!!!!!!!

(Ainda sobre o post da Pipa: depois do comentário crítico de uma especialista no assunto, fiquei achando que o título mais adequado seria "Meu Pequeno Allan Kardec". Que, aliás, serviria para este da Alice também.)

: : Ju : :


2:11 AM

20.11.03:::
 

Unplug and play.

Quanto mais eu convivo com crianças, quanto mais eu leio sobre pedagogia e afins, quanto mais eu observo o que andam fazendo com as escolas hoje em dia, mais eu acredito na importância de se defender o direito de brincar.
O Dimenstein, nesta matéria que a Flávia encontrou para a gente, defende até que isso seria bom para o futuro profissional da criança. Pode ser, mas acho que a grande vantagem nem é esta. A maior vantagem de priorizar a brincadeira é criar pessoas capazes de se deliciarem e realmente se envolverem com o momento presente. Brincar de verdade não é treinar para o futuro, não é adquirir competências que vão ser usadas depois, não é fazer as coisas pensando no ganho que elas vão gerar. Brincar é estar inteiro em si, estar inteiro no agora, fruir. Brincar é zen.
Enquanto o sistema educacional continua perseguindo a idéia de "educar as crianças para o futuro", pouca gente se preocupa em criar condições para que elas realizem plenamente o seu presente. O que eu tenho percebido é que, brincando, elas fazem isso por si só.
Vamos deixá-las brincar!

: : Ju : :


1:34 PM

 

Off Blogway

Esta é para quem está em BH:
estréia hoje, às 21 horas, no Galpão Cine Horto, a peça "Nesta Data Querida", que tem dramaturgia do escrivão do escrotório, a.k.a Guilherme Lessa e direção da Rita Clemente (sumida, mas sempre querida).
Eu confesso que ainda não vi nada, não tenho nem idéia do que se trata. Mas se ele escrever para teatro como escreve no blog, a peça pode ser qualquer coisa, menos morna. E além do mais a diretora é minha amiga.
;-)
Vamos conferir? Mais informações aqui.

: : Ju : :


8:13 AM

19.11.03:::
 

Quem não faz, rouba.
Da Carol:

Tenho uma filha de uma ano e meio. A princípio, não precisaria de uma camiseta mothern com os dizeres "não fui que escolhi" para explicar o modelito semi brega da criança. Afinal, sou eu quem compro as roupas dela. E breguice, pensei, é o tipo de problema que acomete as mães de meninas maiores. Segundo me disseram, depois de uma certa idade elas ficam obcecadas pelo "rosa, a cor suprema". Fora os vestidos de babados, combinações exdrúxulas e sapatos de plástico fedorentos assinados por gente como Xuxa, Sandy, Rouge e outras aberrações da indústria cultural.
Minha filha não conhece nada disso. E, por enquanto, não se importa com o que veste. O pai dela, por sua vez, tem um senso estético bem apurado para um homem. Como explicar, então, que Cecília foi vista ontem, acompanhada pelos pais nun hipermercado da cidade, usando calça florida em vermelho e laranja, camiseta branca de mangas azuis com desenho roxo e tênis azul e vermelho? Como, meu deus, essa menina já foi flagrada vestindo calça de moleton e sapato preto de verniz do tipo "de boneca"? Quem, em sã consciêcia, colocou uma tiara rosa de lacinho num bebê que nem tinha cabelo?
A BABÁ, ORAS! Ótima, ela gosta da Cecília e atura atrasos, entre outras qualidades. Mas tem péssimo gosto para moda. Todos os dias, quando chego em casa, me convenço que o investimento feito em roupinhas bacanas tem sido em vão. Ela nunca usa juntas as peças de um conjunto. Tem predileção pelas roupas e sapatos que a menina ganhou e a mãe não gostou. E, não sei como, consegue deixar a Cecília parecida com um protótipo de dançarina do funk.
Como isso foi acontecer comigo??? Logo eu, que apesar de não ser referência no mundinho fashion, dou o maior duro para manter um certo estilo. Que me orgulho de ter usado, antes de ser moda, as principais tendências para o próximo verão??? É muito castigo...
É por isso que aviso aos navegantes: ao verem minha filha vestida com roupas estranhas, não me julguem. Digam apenas que ela tem olhos lindos e cachinhos encantadores. Que fala certinho para a idade e tem jeito de ser esperta. Lembrem-se, enfim, da minha camiseta mothern imaginária. Afinal, eu aceito todo tipo de críticas. Podem dizer que escrevo mal, que só penso asneiras e faço um monte de gente perder tempo com minhas baboseiras. Critiquem até minha saliente barriga que insiste em aparecer sobre o cós da calça. Mas não façam comentários infames sobre o estilo brega involuntário do meu bebezinho. A isso, eu não vou resistir!


: : Laura : :


1:03 PM

17.11.03:::
 

Dani, recém-eleita minha personal clipper, foi lá na Pipa e trouxe essa jóia pra mim:

Meu Pequeno Buda:

"- Mãe, às vezes eu queria sentir tudo o que o Felipe sente.
- Por quê, Gabriel?
- Porque ele é pequeno e se machuca muito, coitadinho. Eu tenho dó dele bater o coco, cortar o pé e espremer o dedo a toda hora.
- Ah, filho, o Felipe é muito macaquinho. Às vezes a pessoa é meio biruta e precisa se machucar pra aprender a não fazer certas coisas.
Silêncio.
- Sabe, mãe, pensando bem, eu acho que esse mundo aqui não é a vida real, é um lugar onde as pessoas vêm pra aprender as coisas. "

Eu não sei descrever a minha cara.


: : Laura : :



9:39 PM

15.11.03:::
 

ai, ai, ângela... eu vi o cazuza, no auge, um tesão, no noitesh cariocash, há muito tempo. o herbert e cia no canecão um pouco depois. os paralamas têm uma música para cada fase da minha vida. tem uns 15 (ok, 20) anos de laura ali na discografia deles. paixões adolescentes (e qual não é?), amor de verdade, amor pra filha. vi um monte de show no mineirinho. rita lee, que, aos doze anos, eu queria que fosse minha mãe, minha irmã, minha namorada, ou tudo isso junto. fui ao rock brasil, que depois virou pop rock, que mudou de nome, mas as bandas são quase as mesmas, só que com um botox básico. eu fui ao show do menudo, mas abafa. do ultraje. eu vi o the cure e dancei batendo os ombros, pulando verticalmente e na direção de outras pessoas. vi o boy george cantar de cara limpa. o david byrne, o tom waits. o nick cave e o iggy pop. e o the fall. o de falla. fui a um show dos engenheiros do hawai, com minha irmã. a gente ficava fazendo coreografias ridículas e rindo muito. o lugar virou igreja universal. lá vi os titãs, muitas vezes. adorava ver o arnaldo dançar de camisa branca. gosto até hoje. tinha uns festivais locais de roquenrou. a gente dava uma força para as bandas dos amigos. tinha a turma mais barulhenta, os carinhas do sepultura. já na faculdade, fernanda, sempre doce, me convidava pra ver a banda nova. eu, boba, não ia. fui outro dia, e ela lá, tão bonita, grávida. vi o fellini, o sexplícito, o divergência socialista, o último número. e dezenas de shows dos meldas, por motivos pessoais. cara, eu me diverti muito. ainda bem, né? vai que o próximo é do rouge?

: : Laura : :


11:59 PM

14.11.03:::
 

Me fala se as crianças não têm razão:

Minney não faz muito mais sentido do que Minnie?

Cisney não é o nome mais adequado 'aquela bela ave?

: : Laura : :


4:32 PM

 

Patrícia, a desvairada, falando de chakras para sua afilhada:

Para Gabriela, a barriga.

A barriga é um ser que nos persegue, mesmo estando na frente. De forma redonda, até se numa tábua; isso por causa do umbigo - que é redondinho. Vou te dizer um mistério: o umbigo é o centro da sua mandala. (Sua que digo é a da barriga, que o centro da mandala-Gabriela só você sabe onde fica, ou vai saber, quando cessarem os redemoinhos. Se bem que não sei se um dia vão cessar os redemoinhos.)
Mas, redemoinhos depois, voltemos à barriga.
Uma barriga é sempre macia, como a porta almofadada da vizinha dentista.
Não, pensando bem, a porta da vizinha não é macia, é dura como um pau, ela só dá a impressão de ser macia. Já a barriga, pode ser de gomos, ondulações ou dobrinhas, pode ser a barriga vazia da magrela, pode ser o barrigão peludo do lobo mau, te afirmo que é sempre macia. Como a borracha que achei ontem de noite, entre a minha porta e a porta da casa da vizinha dentista, e guardei.
A gente sente frio na barriga quando está apaixonada e queimação no estômago quando tem azia. Mas na maior parte do tempo a barriga é do tipo quentinha, muito mais quentinha por exemplo que os pés e outras EXTREMAS EXTREMIDADES. Talvez seja assim porque a barriga fica muito perto do moto gerador, a bomba-coração.
Mas hoje não é do coração que estou falando. É da barriga. Onde moram os desejos, as perversidades e a ira. Mas também a generosidade, a fome e a iniciativa.
Uma barriga é uma coisa muito bonita, Gabriela. A sua, então, é linda. Mas só tem que tomar um cuidado: não achar que tem um rei na barriga. Porque aí a vida fica indigesta.


: : Laura, a cleptomaníaca : :


4:07 PM

13.11.03:::
 

A Guerra das Colas

Outra dia a Laura nos ensinou como instruir nossos filhos em técnicas de abordagem avançada para conseguir todas as tampinhas de refrigerante que eles precisam para completar a coleção de garrafinhas.
Já vou avisando que não vai ser tão fácil.
A organização dos bebedores-de-coca-cola-insensíveis-aos-apelos-infantis, liderada por seu mentor espiritual Lúcio do Léxico, está bem munida para o contra-ataque:

Venham a mim as criancinhas

Juro que gosto de criancinhas. Não as salteadas na manteiga, engraçadinho. Praticamente todas, excluindo aquelas mimadas, filhas de pais chatos (as birrentas, sabem?). Mas é justamente com essas pentelhas que eu mais me divirto. Ainda mais agora com a nova promoção da Coca-Cola. O blog das Motherns (mother + modern) mostrou hoje como ensinar a suas crianças uma maneira divertida de pedir os anéis da latinha em um restaurante. Eu, que acho isso uma pentelhação, ensino como negar o vale-brinde e ainda se divertir com isso:

"(Voz doce) Não posso dar. Essa é a comida dos meus cachorrinhos."
"(Voz de secretária eletrônica) Disque 1 se quiser um anel. Disque 2 se quiser 2 anéis. Disque 3..."
"(Com uma cara de louco) Só se você me der um dos seus dedos em troca."
"(Com voz gutural) O que isso acrescentará a sua vida, meu pequeno?"
"(Esbravejando) Nunca! Eu sou o Senhor dos Anéis!"
"(Revirando os olhos) Não dá. No meu planeta cada 10 anéis valem um desintegrador beta."
"(Fingindo ser um hipnotizador) Você não quer esses anéis... Você não quer esses anéis..."
"(Coloque o anel na boca e retire-o bem babado) Aqui, coleguinha."


Hahahahahahahahaha!
Preparem-se para consolar o chororô, amigas.

: : Ju : :


10:38 AM

10.11.03:::
 

Economia motherna I: produtos genéricos.

O Natal tá chegando, a crise tá foda e você não sabe como fazer para o Papai Noel atender à demanda da criançada? Minha amiga, siga o exemplo da sua avozinha hipocondríaca: caia de boca nos genéricos!

A filosofia é a seguinte: por que pagar caríssimo por uma marca famosa se você pode ter um similar genérico por menos da metade do preço? Esse raciocínio revolucionou a indústria farmacêutica nacional e pode tirar o seu Natal da lama. Afinal de contas, não há nada que os maiores produtores de brinquedos inventem que algum esperto empresário chinês não consiga imitar, com maior ou menor grau de tosqueira. Ou mesmo um artesão perto de você.

. Barbies milionárias? Pra quê, se sua filha acha que "Barbie" é como se chama qualquer boneca com aparência de moça que troque as roupinhas? A Alice tem 4 "Barbies": nenhuma delas custou mais que R$15. A maioria não passou de R$5. E a brincadeira é divertida do mesmo jeito.
. Enxoval da Barbie? Ora, ora, se você compra na C&A, por R$ 49, uma calça jeans parecida com aquela que na Diesel custa R$700, por que a "Barbie" da sua filha tem que vestir grifes carésimas? Nada disso: procure a feira de artesanato mais próxima e monte o enxoval completo pelo preço do kitzinho saia-blusa-e-bota original da Matel. Mesma coisa para os móveis e acessórios da boneca.
. Personagens do desenho favorito? Quanto mais "na moda" o desenho estiver, mais produtos genéricos aparecerão com o tema. Aproveite!
. CDs e roupinhas de Xuxa, Eliana, Sandy&Júnior e cia.? Compre o genérico sem dó. Se a Xuxa não é capaz de gastar seu rico dinheiro contratando músicos de verdade, e prefere cantar sobre aquela base com arranjo de orgão-de-coro-de-igreja-mal-tocado, não vai ser você que vai investir seu muito mais parco orçamento comprando o CD original.

Contra-indicações:
. Use e abuse dos genéricos enquanto seu filho é pequeno e meio sem noção. Crianças maiores aprendem a valorizar a marca e costumam ser mais resistentes aos similares. (Bom, isso depende muito da postura da família. Não dá pra querer que o filho ignore a marca se os pais conversam na mesa sobre as vantagens do Mercedes Classe A versus o Citroën Xsara. Mas isso é outro assunto). De qualquer maneira, os menorzinhos geralmente nem notam a diferença do acabamento tosco.
. Produtos genéricos não têm garantia contra defeitos. Cuidado com os equipamentos eletrônicos e brinquedos com peças delicadas, porque a chance de se quebrarem antes do final da festa é bem maior. Atenção também para a segurança, principalmente se a criança ainda está na fase de levar tudo à boca.
. Quem está fazendo um trabalho sério e bacana merece seu respeito. Não compre piratas do selo Palavra Cantada, por exemplo, nem de produtos que têm renda revertida para alguma instituição social.
. Guarde seu dinheiro para investir no que realmente importa e faz diferença. Livros, por exemplo. Não dá para você trocar uma edição caprichada dos contos de fadas de Andersen ou dos Irmãos Grimm por uma dessas milhares de coleções baratinhas com versões mal resumidas e mal revisadas das histórias. Isso sim é jogar dinheiro fora.
. Na hora de comprar um produto made in China, lembre-se que há controvérsias sobre as condições de trabalho por lá. Mas também não dá pra ignorar que mesmo as grandes corporações têm terceirizado a manufatura para esse país. Então, muitas vezes, a única diferença entre um e outro é se o lucro do trabalho semi-escravo vai para o Sr. Ling ou para uma multinacional americana. Em todo caso, se houver escolha, prefira incentivar o artesanato nacional.
. No mais, relaxe, aproveite, fuce e refuce as bancas de camelôs, lojinhas de 1,99 e feiras de artesanato. Um pouco de incorreção política de vez em quando não faz mal pra ninguém. E às vezes faz muito bem para o seu bolso.

: : Ju : :


10:40 AM

9.11.03:::
 

É isso aí.

Você é uma mãe consciente, que se preocupa com a alimentação do seu filho. Você ensina, proíbe, estimula, aconselha. Mas você viveu nos anos 80 e, assim como os seus amiguinhos, teve um engradado miniatura fofo, com seis garrafinhas fofas de coca-cola dentro. Agora é o seu filho quem quer. O que fazer? Mudar a dieta da família para ter o brinde? Melhor não.

Vá ao restaurante próximo de um evento anti-globalização. Você vai encontrar muitos jovens, homens e mulheres, com suas bolsas beges de algodão cru, querendo construir um mundo melhor. Sem o Bush. Sem o neo-liberalismo. Sem o reinado das grandes corporações. Eu vou te contar um segredo: essas pessoas tomam coca-cola. Muita coca-cola. E não colecionam os aneizinhos, porque aí também seria demais. Ensine ao seu filho a seguinte frase: _Com licença, me ajude a expropriar o império deste monstro capitalista. Me dê esta tampinha preta, por favor.

As pessoas vão rir. Você e seu marido vão rir ‘as custas da criança, que feio. A criança vai ter a sua garrafinha, sem encher a pança de refrigerante.

: : Laura : :


10:14 PM

6.11.03:::
 

Para quem não circula tanto pelos nossos blogs e guestbooks irmãos, vou explicar: a Fal disse que tinha uma notícia ótima, linda e maravilhosa sobre uma pessoa amada (uhu!). A mulherada ficou enlouquecida pra saber o que era. A linda e cretina Flá pôs lenha na fogueira e sugeriu que eu e Ju estávamos grávidas. A galera adorou acreditar. Chegou minha mãe e escreveu isso:

jovens mãezinhas, há quase 30 anos, quando eu já tinha meus 3 filhos, um dia falei para uma amiga que na próxima encarnaçao eu queria ter gêmeos. ela olhou espantada para mim, riu e me perguntou se eu tinha percebido que havia dado a maior declaraçao de fé na vida. heim? sim, 1o. vc quer voltar; depois, quer voltar mulher; depois, quer ter filhos; mais ainda, quer ter gêmeos. bom, espantada fiquei eu, que nao era mesmo um exemplo de serenidade na maternidade. pois agora, hoje, fico encantada com vcs, que, desafiadas pela doce fal a adivinhar o que de melhor poderia acontecer a pessoas queridas, pensaram logo que elas estariam grávidas. esse mundo vai pra frente...bjs. bjs.

Todo mundo sabe que esse negócio de mãe e filha é meio complicado, que é melhor manter uma certa distância. Mas, cá pra nós, ela não é um amor?

: : Laura : :


5:44 PM

 

Recomendo também:

. a exposição Negras Memórias, Memórias de Negros, curadoria de Emanoel Araújo. No Palácio das Artes, BH. Faz parte da programação do II FAN - Festival de Arte Negra.

. A Última Noite, o mais recente filme semi-branco de Spike Lee.

: : Laura : :


5:18 PM

 

Laura passando rápido pra deixar dois recados:

Começa hoje, aqui em Belo Horizonte, o Fórum Social Brasileiro, com o tema: um outro Brasil é necessário.

E, a partir de amanhã, o Festival Mundial de Circo do Brasil, com vários espetáculos de rua, na Spasso Escola de Circo. Av. Francisco Sá, 16. Prado. Tel. 3275.1205. Entrada Franca.


12:41 PM

5.11.03:::
 

É boato, queridas, felizmente não estamos grávidas.

Não vamos enjoar nos próximos meses, nem fazer planos para daqui a nove, não vamos perder os modelinhos que compramos para o verão. Não, não vamos ter a nossa libido alterada, nem pra mais, nem pra menos. Nem vamos fazer as contas, nem começar a economizar para pagar a parteira, o doutor ou a cesárea. Não vamos nos preocupar com rubéola, nem com o peixe cru que comemos 'a noite. Não vamos parar de beber. Não vamos pensar em nomes, nem no sexo dos anjinhos. Não vamos ter sono de dia, nem alterações de humor (bem, mais ou menos). Não vamos ficar com os peitos grandes e cheios, nem com o mamilo dolorido. Não vamos trocar centenas de fraldas nem perder noites seguidas de sono. Não vamos fazer papinhas, nem de frutas nem de legumes. Não vamos ficar com os braços ou colunas doendo de tanto carregar bebê. Não vamos ficar meeeeses por conta de uma pessoa só, babando feito idiotas.

É boato, queridas. Infelizmente, não estamos grávidas.

: : Laura : :


4:42 PM

 

TPS

Uma amiga me contou que, quando era criança e ficava nervosa por algum motivo (real), sua mãe sempre dizia para as pessoas:
_Repara não, é sono...
E ela ficava mais brava ainda.

: : Laura : :


3:19 PM