Mothern - Manual da Mãe Moderna

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31.8.03:::
 

NOTA DE ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO

Desde essa última mudança do Blogger, tanto eu como a Laura não conseguimos mais editar nosso template. A única explicação que encontramos para o fato é que o sistema não aceita mais comandos de usuários de Macintosh, o que, convenhamos, sucks!

Sendo assim, está COMPLETAMENTE DESATUALIZADA a lista de links ao lado, faltando vários posts que já foram para os arquivos e, principalmente, faltando váááááááááários blogs que adoramos e lemos sempre, até os dos novos amigos.

Na verdade, eu morro de preguiça dessa onda de "linka-o-meu-que-eu-linko-o-seu", mas como a lista funciona como um bookmark, um ponto de partida para nossos passeios virtuais, esses links estão fazendo muita falta.

Então se você, caro amigo que eu visito sempre, não está linkado aqui, não nos entenda mal. Pode se queixar com Mr. Evan, que aparentemente a culpa é dele.

(E se você, alma caridosa, sabe como resolver este problema, por favor, nos explique o que fazer.)

Obrigada pela atenção.

: : Ju : :


12:27 AM

29.8.03:::
 

Gente, quem engasgou com o inglês da Nerve, pode correr para o nosso Livro de Visitas. A melhor tradutora em exercício deste país (agora que Haroldo de Campos não está mais aceitando pedidos) fez mais um brilhante trabalho e colocou , no comentário #10443, a tradução integral do texto sobre sexo que eu linkei ontem aqui.

Dani, nem sei como agradecer!

(Aproveitando que eu já tô por aqui mesmo, uma dica ótima para blogueiros que adoram ilustrar seus posts com mimosas imagens: Poster Bargain.)

: : Ju : :


4:49 PM

 

Seu pai já disse que isso não é brinquedo.

Meu amigo Kiko Mollica fez esse filme que está no 14º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. Ah, sim: apesar do nome divertido, não é infantil.

30/08 (sábado): 17h no Cinesesc
02/09 (terça): 20h no Centro Cultural de São Paulo
04/09 (quinta): 18h no MIS - Museu da Imagem e do Som.

: : Laura : :


11:43 AM

 

Gentileza comparecer.

Esta eu tenho que repetir, para a mineirada entender que não dá para perder de jeito nenhum:

Domingo, 31 de agosto, é dia da 8ª Festa Gentileza, promovida pelo Humberto. A programação é extensa e tem atrações para todos os gostos e faixas etárias. Olha só:

10h - Apresentação do canil da Polícia Militar
10h30 - Banda da PMMG
11h - Circo de Todo Mundo
11h30 - Projeto Corpo Cidadão
12h - Guarda de Congado
13h - Capoeira Gerais
13h30 - Katas de Kenjutsu (esgrima japonesa)
14h - Carona Brasil MPB
14h30 - Zé da Guiomar
15h- Escola de Samba da Asmare
15h30 - DJ Zillermano - Movimento Balanço
16h - DJ Leo Mille
17h - DJ Mike Parsons
18h - DJ Alvinho Little Noise
19h - DJ Menorah Live PA
Seu Cabelo
Anthonio
Diogo Betônico
20h - DJ Anderson Noise
21h - Encerramento

Além de tudo isso, rolam eventos paralelos ao redor: Projeto Tapume, Grupo Perna de Pau, Oficina de Gravuras, VJs, Oficinas para crianças, Mercado Gentileza (com compritchas ótemas!) e mais...

A Festa acontece num quarteirão fechado da Rua Antônio de Albuquerque, entre Levindo Lopes e Bahia, ali mesmo em frente ao Seu Cabelo. E, após o encerramento, a ferveção continua na !

O mais bacana é que o evento ajuda várias instituições da cidade. Então não deixe de levar alimentos não-perecíveis e brinquedos para doação. Até porque, como diz o lema da festa, "generosidade traz prosperidade".

Este ano o evento também faz parte do projeto"Quem gosta de BH tem seu jeito de mostrar", da PBH, e quem comparecer vai receber um brinde interativo superbacana, criado por Adriana Girão, Henrique Lisandro e esta escrevente que vos tecla.

Leve os amigos, a família, as crianças, o vizinho, o cachorro e o periquito: nos vemos lá!

: : Ju : :


10:09 AM

28.8.03:::
 

Não deixe de ler:

Sexo pós-baby, segundo a Nerve.

(Antes que alguém se desespere, leve em conta que a colunista tem só 6 meses de parida.)

: : Ju : :


4:12 PM

 

Tody, o cão emprestado.

Há um bom tempo, mais ou menos desde que aprendeu a falar, a Alice repete: "eu quero um cachorrinho". Normal, criança é assim mesmo. Só que ela nasceu numa família não muito simpatizante de bichos. Bom, essa é uma longa história, mas, resumindo, minha posição é a de que hoje em dia as pessoas tratam bichos como gente e muita gente como bicho. E eu discordo dessa lógica. Não tenho paciência para cãezinhos tratados como bebês, cheios de lacinhos e frescuragens, nem com as fortunas que são gastas nessa corrida pelo status de quem tem o cachorro mais diferente, a raça mais exótica, o filhote mais caro, os acessórios mais modernos.

Mas filho é filho, e os pedidos insistentes da menina começaram a amaciar meu coração. Lembrei que eu mesma tive o Fofinho na infância (uma mistura de pequinês – na época em que esta raça ainda não tinha sido extinta pela patrulha do "in/out" – com qualquer coisa) que, apesar de ser criado no quintal, comendo restos e tomando banho frio no tanque, era um bichinho muito carinhoso.

Estávamos nesta dúvida sobre pegar ou não um cãozinho (logicamente um vira-lata, que eu não vou contribuir com essa insanidade de se pagar milhares de reais por um bicho, com tanto filhote abandonado por aí), até que nos caiu do céu a oportunidade perfeita.

Ao buscar o Dedé na casa de um colega, o Ed encontrou a mãe deste às voltas com um problema: ia viajar e não sabia o que fazer com o vira-latinha que o filho tinha resgatado da rua um mês antes. Aí veio a idéia: "pode deixar que a gente fica com ele essa semana. A Lili está mesmo querendo um cachorrinho, assim a gente faz um teste para ver se dá certo".

Cheguei em casa esse dia sem saber de nada, e a primeira coisa que ouvi foi: "Mãe! Agora eu tenho um cachorrinho! Só que ele é emprestado..."
O Ed já tinha tomado o cuidado de explicar a ela que o Tody tinha dono, que não era nosso e estava apenas passando uns dias lá em casa.

Fui conhecer o cachorro-cobaia: realmente era bonitinho que só ele, um filhote de uns 6 meses, pretinho com detalhes marrons – como você pode conferir aqui no nosso fotolog. O problema é que, como as crianças humanas, os filhotes de cachorro também passam por aquela fase em que os dentes estão crescendo e tudo e qualquer coisa vira um mordedor para aliviar as coceiras. No caso do Tody, ele rapidamente encontrou nesta nova família 8 deliciosas canelas, que considerou perfeitas para a função. Então não era mais possível ir até a área sem voltar com algumas perfurações na pele (esqueci de explicar que o apartamento em que moro tem uma área privativa que é como um pequeno quintal, com um jardinzinho e vários vasos de plantas. Isso é importante para entender os acontecimentos que vou contar). E quanto mais você o enxotasse com os pés, mais ele achava que você estava gostando da brincadeira. E vinha pra cima com empolgação dobrada. Os adultos até suportavam bem as mordidas leves, mas a Alice simplesmente se recusava a sair da cozinha se não fosse no colo.

Outra característica dos cães machos é que eles usam a própria urina para demarcar seu território. Pelo que se viu lá em casa, o Tody era uma espécie de Gengis Khan do mundo animal. Ele não queria um pedaço do território: ele intencionava dominar o mundo e jamais se conformaria com aquela Palestina periférica coberta por jornais que separamos para ele.

As noites também não eram muito fáceis, porque ele ficava carente de atenção e gania horas até adormecer.

Tirando esses problemas, os primeiros dias foram pura lua-de-mel. A gente chegava em casa e ia brincar com o Tody. Para todo mundo que aparecia, Alice contava: "esse é o Tody, mas ele não é meu, não, ele é só emprestado". No final de semana, ele foi passear com a gente em um sítio e foi uma farra ver as crianças se deliciando, correndo com o cachorro. Talvez até animado por esta breve experiência rural, nos dias que se seguiram o Tody conseguiu reverter toda a simpatia que estava nos causando. A gota d'água foi quando encontramos todos os vazos cavados e a área coberta de restos de plantas, terra e lama pra todo lado. Ele devia suspeitar que havia algum tesouro escondido por ali, e estava realmente empenhado em encontrá-lo. Com a mesma alegria descontrolada e sem-noção de sempre, veio pulando em nosso colo, sujando também as roupas que vestíamos.

Desse dia em diante, o espaço reservado a ele reduziu-se ao corredor da área, delimitado por uma cerca improvisada. Para deixar bem claro que, pelo menos ali dentro, ele não ia ceder mais nenhum terreno, Tody mijou cada centímetro desse território. Para passar para o quintal com a Alice, eu parecia o personagem daquela charada de como atravessar um rio com uma raposa, uma galinha e o milho. Meu colo era o bote, onde só cabia um por vez: na hora de abrir o portão, se eu soltasse a criança, o cachorro a mordia, se eu soltasse o cachorro, ele fugia pelo portão aberto, se errasse o passo, pisava numa poça de xixi. Era uma novela, cheia de idas e vindas.

Tody acabou sendo devolvido um dia antes do combinado. Ninguém agüentava mais. Era bonitinho, sim, mas era o cão! A conclusão da família foi a de que ter um bicho é legal mesmo, mas para viver lá em casa tem que ser um bicho bem menos histérico e muito mais cool.

Continuando a sessão Animal Planet deste blog, aguarde para breve o próximo post: a chegada de Diná.

: : Ju : :


11:15 AM

26.8.03:::
 

(post local)

Porque ir ao Indie 2003:

. porque a programação tá muito bacana. Tem desde filmes africanos, novidades nacionais e francesas aos fantásticos Godard, Fellini e Buñuel. Só que a mostra Kino para crianças (tinha até Kiriku e a Feiticeira, que eu amo) já foi toda vendida para as escolas públicas.
. porque é o espaço perfeito para a tradicional pretendência alternativa mineira.
. porque é de graça (mas chegue cedo para pegar o ingresso).
. porque, numa sala escura com o namorado de sempre, 'as quatro da tarde, você se sente uma pessoa de sorte, entre estudantes em férias, aposentados e professores universitários (mal remunerados em dinheiro mas muito bem remunerados em tempo livre : )
. e porque só tem mais dois dias. Corre !

: : Laura : :


7:47 PM

 

_E aí Gabi, foi legal a peça?
_Foi muito legal, mãe. E eu até sei de qual mito você ia gostar mais: do Boto.
_Como é que você sabe?
_É que ele gosta de namorar as mulheres.

: : Laura : :


7:02 PM

25.8.03:::
 

A mulher que se apaixonou pelos peixes.

Eu não gosto muito de animais domésticos, costumo falar. Mas quando criança, era diferente. Já tive tartarugas (que esturricaram esquecidas num banho de sol), coelhos (que se afogaram na privada), um pinto azul chamado doutor Rodrigo e dois cachorrinhos que eu amava, a Frenética e o Felpudo, que não tiveram fim mais feliz. Tive também um casal de periquitos. Um fugiu, o outro eu soltei.

Depois veio a adolescência e comecei a me interessar mais por animais racionais (alguns, nem tanto). Mas vieram as meninas e, assim que aprenderam a falar, pediram bichinhos de estimação. Bichos peludos num apartamento de pessoas alérgicas, nem pensar. Compramos dois peixinhos, daqueles mais comuns e resistentes, alaranjados. Primeiro morreu um, acho que pelo stress de ter tido o seu aquário tão bem lavadinho por mim, num surto asséptico. O outro deve ter morrido de desgosto, ou porque peixe morre fácil mesmo.

Numa dessas pescarias de festa junina, minhas pescadoras voltaram com quatro pequeninos dentro de um saquinho. Reativei o aquário, mas dois deles não resitiram. Vieram as férias de julho, a água não foi trocada, a bombinha perdeu a força e a comida acabou. Os adultos da casa não tiveram a generosidade ou o expediente de ir ao mercado comprar ração e eles foram alimentados com farelos de pão e biscoito. Eu olhava os bichinhos e pensava: esse daqui não vai durar muito, só fica escondido atrás do tesouro, paradão. Ô dó, nunca mais vou ter bicho, não cuido, não sei ensinar as crianças a cuidar, eu sou uma péssima mãe, e essas bobagens que a gente pensa de vez em quando.

Eis que numa manhã ouço: _Mãe, os peixinhos deram filhote!!! Eu: _Quê isso, Nina, cê tá viajando, peixe não reproduz em cativeiro. Quanto mais aqui em casa. _Vem ver, mãe!
E eles estavam lá. Oito peixinhos minúsculos, transparentes de tão delicados. Tão incrivelmente vivos que eu também gritei: _Leo, os peixinhos deram filhote!!!
Ele nem ligou muito. Mas eu continuo boba com meus novos bebês. Toda hora eu conto, para ver se falta algum. É difícil e divertido, porque eles nadam e se escondem. Mas estão lá: os oito filhotes, o pai e a mãe. Muito bem olhados, tratados e alimentados.

: : Laura : :


9:51 AM

22.8.03:::
 

Filha de peixe...

O livro que a Alice mais gosta agora, aquele que ela me pede para contar e recontar quase todas as noites chama-se A Mulher que Matou os Peixes e começa assim:

"Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu. Mas juro a vocês que foi sem querer. Logo eu! que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até deixo de matar uma barata ou outra.

Dou minha palavra de honra que sou pessoa de confiança e meu coração é doce: perto de mim nunca deixo criança nem bicho sofrer.

Pois logo eu matei dois peixinhos vermelhos que não fazem mal a ninguém e que não são ambiciosos: só querem mesmo é viver.

Pessoas também querem viver, mas felizmente querem também aproveitar a vida para fazer alguma coisa de bom.

Não tenho coragem de contar agora mesmo como aconteceu. Mas prometo que no fim deste livro contarei e vocês, que vão ler esta história triste, me perdoarão ou não."


O nome dessa mulher, que matou os peixes e escrevia para crianças com a mesma alma inteira com que escrevia para os adultos, é Clarice Lispector.

Minha filha puxou à mãe!
:-)

: : Ju : :


2:08 PM

21.8.03:::
 

Tradema®k

Você lembra do post da Laura sobre as Organizações Mothern, não lembra?
Lembra que nele ela sugeriu um produto chamado "Shoe Amplifier", para resolver o problema de pezinhos que crescem rápido demais e sapatos que não acompanham?
Pois não é que inventaram justamente um sapato assim?! Sensacional!
O nome da coisa é "Inchworms – expanding shoes for growing kids" e o site é este aqui: http://www.inchwormshoe.com

(Lau, você tinha que ter patenteado a idéia com nossa marca, estaríamos ricas!)

: : Ju : :


5:46 PM

20.8.03:::
 

Momento Prof. Pasquale

Ah, Lau, então deixa eu também usar nosso espaço aqui em causa própria?
É que eu sempre tive vontade de dar uma aulinha coletiva sobre uma regra específica da língua portuguesa (pelo menos, segundo a gramática vigente no Brasil).
Prestem atenção que é uma regra facílima de decorar:

Monossílabos tônicos terminados em U não são acentuados.

Não é fácil? Prometem que vão lembrar? Então, segundo esta regra que vocês acabaram de aprender (ou relembrar, posto que muitos já a conhecem), não levam acento as palavras tu, nu, nem mesmo cu e acima de todas e principalmente:

Ju!

;-)

Pronto, podem voltar aos seus afazeres habituais. Agradecemos eu e a última flor do lácio, inculta e bela.

: : Ju : :


1:02 PM

19.8.03:::
 

Pausa para o comercial.

A idéia é a seguinte: cada dia postar uma peça no meu portifotolog. Ainda tem poucas imagens, mas apareçam lá para conhecer meu trabalho :)

: : Laura : :


11:45 AM

18.8.03:::
 

O post que estava aqui em breve estará no livro Mothern - Manual da Mãe Moderna.


3:41 AM

 

O post que estava aqui em breve estará no livro Mothern - Manual da Mãe Moderna.


1:02 AM

 

Bolachinha Nestlé.

As naturetes que me perdoem, mas aquele texto da Milly, que conta do pai chegando em casa com barras de chocolate, está a coisa mais bonita e gostosa da revista.

: : Laura : :


12:30 AM

 

(...) por isso escrevo rescrevo cravo no vazio os grifos desse texto os garfos as garras e da fábula só fica o finar da fábula o finir da fábula o finíssono da que em vazio transvaza o que mais vejo aqui é o papel que escalpo a polpa das palavras do papel que expalpo os brancos palpos do telaranha papel que desses fios se tece dos fios das aranhas surpresas sorrelfas supressas pois assim é o silêncio e da mais mínima margem da mais nuga nica margem de nadanunca orilha ourela orla da palavra o silêncio golfa o silêncio glória o silêncio gala e o vazio restaura o vazio (...)

Haroldo de Campos, um dos meus preferidos, em Galáxias.

: : Laura : :


12:21 AM

14.8.03:::
 

Agenda Cultural BH

. Nossos amigos do Galpão estreiam neste sábado, 16/08, no Teatro Francisco Nunes, o espetáculo "O Inspetor Geral", de Gógol, com direção do Paulo José. Eles ficam em cartaz aqui até 31/08.
Se é o Galpão, você já sabe: não dá para perder.

. E vem aí, no dia 31/08, a 8ª edição da Festa Gentileza, promovida pelo Humberto - Seu Cabelo, um dos mais bacanas eventos de rua de BH. Pode deixar que mais perto da data eu faço a propaganda completa. Marque na sua agenda e não programe mais nada para esse dia.

(Mas isso tudo, na verdade, é para disfarçar a inveja que eu tô sentindo das paulistanas, que podem ver Bacon, Hockney e Lucien Freud de uma tacada só. Humpf!)

: : Ju : :


10:22 AM

13.8.03:::
 

Jabá do marido

Hoje tem Leo na Obra, com reggae, ska, dub e afins. Ele bota som depois das bandas Safari Sonoro (BH - reggae) e Catarina Mina (São Luís do Maranhão - rock).

: : Laura : :


6:03 AM

12.8.03:::
 

Mothern Vintage Fashion Descontrol

Ai, minha Nossa Senhora do Glamour!
Você, que já era uma mocinha moderna e descolada no final dos anos 80, e também usava uma dessas para estudar, trabalhar, passear e arrasar nas baladas, dá só uma olhada no site que a Flávia indicou pra gente no LV:


The Lunchbox Shop

Vamos todas rezar juntas para o dólar baixar?

: : Ju : :


11:46 AM

11.8.03:::
 

Is it ARTI?

Quando você tem filhos, muita coisa muda na sua vida. Seus horários, seu corpo, seus amigos e até a sua casa. Ela deixa de ser um local clean, adulto e organizado (ok, a minha nunca foi assim) e passa a ter plástico colorido espalhado, como bem disse um dia o Nick Hornby.

Mas isso não é tudo. Espere até o seu pimpolho entrar na escolinha que você vai conhecer o ARTI - Artesanato Reciclado Tosco Infantil. Trata-se da arte palpável que o seu filho faz na escola. Como ele estuda numa instituição consciente, tudo é feito de sucata. Muito bem. Você recebe o ARTI em várias datas: um cocar de jornal no Dia do Índio, um tambor de lata de nescau no Carnaval, um tubo de papel-toalha no Dia do Encanador. Portanto, se a escola te pediu caixas vazias, garrafas pet, cds queimados e outros lixos limpos, prepare-se: daqui a uns dias, lá vem o ARTI.

É até muito legal ver o trabalhinho da criança, mas o problema é: o que fazer com o ARTI depois?

. Se ele for bacaninha, pendure na parede. Mas peça a outra pessoa para fazer esse julgamento, pois você é mãe do autor e o seu senso crítico está nulo.
. Separe o ARTI que a criança tem mais apego e guarde. Ele vai gostar de vê-lo no futuro. Quando ele sair de casa, daqui a uns 20 anos, não se esqueça de entregar o trambolho (ops, trabalho).
. Se estiver podendo, alugue uma sala e exponha todos os ARTI. Compre champanhe/suco de uva e promova um vernissage para os amigos/amiguinhos.
. Faça uma re-reciclagem, isto é, transforme um boneco de rolo de papel higiênico em... em... um caleidoscópio!
. ou em... em... um objeto de decoração para a casa da vovó!
. ou em... lixo. Mas só faça isso se tiver a certeza de que o artista não está vendo. Ele pode ficar magoado. Ou pode querer fazer vários novos ARTI para substituí-lo.

: : Laura, arrumando armários : :


11:20 PM

 

O pai que não ajuda.

Eu não posso dizer que ele ajuda.
Ele deu o primeiro banho.
E também o segundo, o terceiro e o quarto.
O quinto, talvez eu tenha dado. (Ele me ensinou o que eu tinha que fazer.)
Nos primeiros dias, quando aquela trouxinha minúscula acordava chorando nas madrugadas, ele a trazia para mim. O peito era meu, mas o resto do serviço era todinho dele: carregava, trazia, trocava, segurava para arrotar e a acalmava para voltar a dormir.
Quando voltou a trabalhar (quem inventou para os homens essa licença de apenas 5 dias não deve ter tido um pai assim), ligava quase de hora em hora, para ver se eu tava fazendo direitinho as tarefas que ele achava que só ele sabia como: deu o remédio na hora certa? já fez o curativo no umbigo? colocou um agasalho quentinho?
Quando eu voltei a trabalhar, ele tinha um horário bem mais flexível.
E eu sabia que, ao chegar em casa, ela já estaria banhada, trocada, alimentada, agasalhada.
Quando foi diagnosticado um torcicolo congênito – e alguém tinha que fazer exercícios com ela várias vezes por dia – acho que não chegamos a nos perguntar quem faria.
Ele fazia.
Ele preparava o leite de cereais que completava o meu.
Ele cozinhava as papinhas.
Ele a levava para tomar solzinho na rua.
Ele foi comigo levá-la no primeiro dia na escola.
Ele vai com ela ao médico e se encarrega de fazer com que os remédios sejam tomados na dose e nos horários certos.

Realmente, eu não posso dizer que o Ed me ajuda.
Lá em casa, quem "ajuda" sou eu.

: : Ju : :


11:18 AM

8.8.03:::
 

Eu (que há milênios não assisto a uma novela) pedi, e a Fal atendeu.
Agora, por favor, corram todos para e me digam se esse não é o melhor resumo de novela jamais escrito!!!

: : Ju : :


5:44 PM

 

Mais dois:

Hoje é o primeiro dia do 6º Encontro da Canção Infantil Latino-americana e Caribenha. A abertura é 'as 20h, no Teatro Sesiminas, com o concerto: "Villa-Lobos e os brinquedos de roda". Grupo de Percussão da UFMG e Coros Infantis de Belo Horizonte.

Começou ontem e vai até o dia 17 o Salão do Livro de Minas Gerais, na Serraria Souza Pinto.
Tem hora do conto no stand da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte nos dias 11, 14 e 15, 'as 9 e 'as 14h.

: : Laura : :


2:38 PM

 

Imperdível!

Show do Palavra Cantada em BH!!!!!
U-huu!
É isso mesmo: Paulo Tatit e Sandra Perez, no Teatro Francisco Nunes, na próxima segunda-feira, 11/08, em dois espetáculos: às 15h e às 20h, como parte da programação do 6º Encontro da Canção Infantil Latino-americana e Caribenha.
Não dá para perder: não é todo dia que seu filho tem música infantil de altíssima qualidade assim, ao vivo.
Nos vemos lá.
(Se você não é de BH, acesse o site deles e descubra quando eles vão passar por aí. Ou pressione os produtores culturais da sua cidade. O que é bom também tem que ser ouvido.)

: : Ju : :


2:05 PM

7.8.03:::
 

A Outra.

Eu não tenho dois filhos, nem irmãos mais novos. Mas entendi exatamente a sensação, quando ouvi o exemplo que a mãe de uma amiguinha da Alice usou para descrever o quanto a filha estava sofrendo desde que a irmã nasceu:

Imagina: é como se seu marido chegasse em casa com uma loira, colocasse ela para dormir do seu lado e falasse: "nem adianta reclamar, que ela agora vai morar é aqui com a gente. E eu vou amá-la tanto quanto amo você."

Deve ser foda.
Ou não. ;-)

: : Ju : :


3:13 PM

 

Escravizados por um ursinho azul.

Foi paixão à primeira vista. Enquanto eu escolhia umas roupinhas, a Alice fuçava os brinquedos da seção infantil de um grande magazine. Foi aí que ela o viu. Viu, pegou e não largou mais. Como era mesmo simpático e baratinho, acabei levando para casa o que parecia ser um inofensivo ursinho de pelúcia.

E era mesmo, nos primeiros dias. Um brinquedinho a mais, entre tantos. Um dia ele ganhou nome: Sansão – herdado do bichinho favorito da minha sobrinha Laura, que por sua vez o herdou do coelhindo da Mônica. Depois, ganhou lugar de destaque na prateleira dos bichos de pelúcia: tadinho, tão pequenininho, tem que ficar sempre na frente. Dali desceu para a beirada da cama. Depois ganhou também uma cobertinha: o paninho chamado Dudu. Mas foi a partir do dia em que a Lili resolveu que o Sansão ia dormir mesmo é abraçado com ela que o nosso calvário começou.

Durante o dia, ele vira brinquedo, filhinho, monstro, cachorro. Com seus 15 cm de altura, se esconde no meio das almofadas, no vão da cama de baixo, na gaveta de roupas, embaixo da mesa do telefone, atrás da TV, no cesto de roupa suja, etc, etc, etc. Mas quando a noite chega, se o Sansão não aparece no momento em que a Alice vai para a cama dormir (e ele tem um talento especial para inventar novos esconderijos), ninguém mais também dorme na casa.

Enquanto a menina se esgoela repetindo "Cadê o meu Sansão?! Eu quero o meu Sansão!", mãe, pai, babá, irmão e quem mais estiver por perto se embrenham no safári do urso azul. A família vai viajar? O primeiro a entrar na mala é o Sansão. Fim de semana na casa da vovó? Nem ouse esquecer o Sansão! Todo mundo a caminho da casa da tia e alguém nota que o Sansão não está? Melhor voltar.

Agora olha bem pra esse sorrisinho bordado de vermelho e me fala se no fundo ele não está é rindo da gente?!

: : Ju : :


2:40 PM

4.8.03:::
 

O post que estava aqui em breve estará no livro Mothern - Manual da Mãe Moderna.


5:21 PM

1.8.03:::
 

Gabriela: _Vou calçar minha sandália radicaaal.
Nina: _Você sabe o que é radical, por acaso?
Gabi: _Por acaso, não.

: : Laura : :


10:39 AM