Mothern - Manual da Mãe Moderna

Para comprar o livro
Mothern - Manual da Mãe Moderna:
Matrix Editora
Saraiva
Fnac
Siciliano
Submarino

As 500 melhores coisas de ser mãe

Para comprar o livro
As 500 melhores coisas de ser mãe:
Matrix Editora
Saraiva
Siciliano
Submarino

Mothern no GNT
Para assistir ao programa no GNT:

Terceira temporada
Domingo 03:33
Domingo 17:02
Terça 23:31
Quarta 14:00
Quinta 11:00

Leia e deixe seu recado
Leia e deixe o seu recado

Leia Também
Nossa primeira blogada.
Mothern. Vale a pena ser uma?
A Verdade.
Restaurante com crianças: mantendo a finesse.
Tchau, cocô!
Meu blog, meu filho.
Programas de curumim.
Porque contratar uma mothern.
Abomináveis.
O novo pai.
Unha é útil!
Primeiro Quiz Mothern.
Os piores pais.
Susi Foda.
Meu marido e sua performance.
Manual de convivência com amigas motherns.
Manual de convivência com amigos sem filhos.
A saga da escolha de uma escolinha.
Comendo os convidados.
Cabeleireira por um dia.
Marquinho,o sedutor de menores.
A teoria dos inversos proporcionais.
De mudança.
O que são 2 anos, afinal?
Matemática motherna.
No embalo das cólicas.
Chupeta no lixo.
Post-preguiça-descontrol.
Arquitetura motherna I (banheiros públicos).
Arquiteturamotherna II (hotelaria).
Aunião duradoura.
O comercial que não vale um Danoninho.
Laura, versão 3.3.
Boanoite, Cinderella.
O brinquedo abominável.
Mais lenha para a Borralheira.
Técnicas avançadas de alimentação infantil.
A bolsa mothern.
Cólica ou refluxo?
Só no sapatinho.
Tecnologia a (des)serviço da mothern.
A mascote.
Operação brinco.
De começos e outras dores.
Mau-humor é uma merda.
"Diga-me o que ledes..."
Feira motherna.
O Homem-Banguela.
Organizações Mothern.
Nana neném.
Por quê?!
O poder persuasivo do choro.
Serviço de branco.
A arte de enganar crianças.
Manual Mothern de Sobrevivência I - Reunião de pais.
"...é tarde, é tarde, é tarde."
Manual Mothern de Sobrevivência II - Festinha de Aniversário.
Chove,chuva
Voce sabe que está envelhecendo...
Manual Mothern de Sobrevivência III- Viagem de carro.
A mãe de 30.
Poesia para Dedé.
Rosa, a cor suprema.
Não é a mamãe!
A menina de tres.
Síndrome da Proximidade das Férias.
O verão para as grávidas.
Hey, mister DJ!
A comida ambulante.
Babáou escolinha?
Cagada no clube.
Deupositivo. E agora?
SociologiaMotherna
Para entender as mães.
A Fal e os livros.
O segundo filho.
Muito além da Susi.
O dia da posse.
Koan
Truques bizarros para adormecer crianças.
Porque não ver o filme da Xuxa.
Para entender as mães II.
Ligada ou desligada?
Diálogo motherno.
Condicional.
Festa de 1 ano.
O resguardo.
Fimde caso.
Para os 10 anos do menino.
Não-post.
Todos os nomes da coisa.
Ensinando a pedalar.
Recaída.
Um post de carnaval.
Desejo de grávida.
A arte de receber com crianças em casa.
XY.
Manual de convivência com amigos sem blogs.
Diálogos do casamento I.
Paras empre.
Diálogos do casamento II.
Hai Kai da Alice.
Manual de Convivência com Amigos Blogueiros.
A mãe-adolescente.
Pânico I - a mancha.
Drops Kids.
Talk Sex with Flávia Johanson.
Artigos de luxo para a infância do séc. XXI.
Abril.
De quem é o meu peito?
Técnicas de escovação dental infantil.
20 dicas para o Dia das Mães.
A mãe lesada.
Guia de Sobrevivência Mothern IV - Viagens de trem.
Mulheres Admiráveis I.
A mãe criança.
3 dicas rápidas para o banho do seu filho.
O menino nota 10.
Pequenos prazeres femininos I.
E assim se passaram 3 anos.
Flagrante de uma não-mothern.
Chatos convictos.
A menina que vive num musical.
Educação sonora.
Clube da Luta.
Mamãe é uma festa.
Sexta-feira, Clarice e algo mais.
Carta aberta ao presidente da CBF.
Guilherme Augusto Araújo Fernandes.
Dia de sol. Noite sem luz.
Elogio ao não.
As flores do bem.
Na verdade.
Chá de bonecas.
Passou, passou.
Poema da Fal para a Nina.
Ô Cridê!!!
Na feira com a Helô.
It's okay.
Pensando bem.
Primeiro Glossário Mothern.
A mãe superintendente.
Rimando.
Bloody sunday.
No elevador com a Moema.
The Great Fashion Disaster.
Escravizados por um ursinho azul.
A Outra.
O pai que não ajuda.
ARTI ou o Artesanato Reciclado Tosco Infantil.
Viajando sozinho(a).
É possível, sim.
Filha de peixe...
A mulher que se apaixonou pelos peixes.
Tody, o cão emprestado.
Dá pra ser.
Mulheres admiráveis - II.
Viajando com a Zara.
Dicionário Bernardês-Português (por Pedro Vittiello).
A Arca de Laura.
Racionamento.
Manual Mothern de Sobrevivência V – Organização de festas infantis.
O homem de 40.
Não tem comparação.
Eu, não.
Asilo GrandMotherns.
A incrível receita salvadora do Leite de Cereais.
Minha professora Geralda.
A Síndrome do Sapo Cantor.
TPM ou Como aproveitar um dia de fúria.
Não estamos grávidas.
Coca-cola é isso aí.
Economia motherna I – Produtos genéricos.
Os shows da vida.
Unplug and play.
Carol é vítima da moda dos outros.
A criança indobrável.
Manual de sobrevivência Mothern VI – Férias escolares.
Disney, sempre assim.
Estive na Bahia e antes não tivesse me lembrado de você.
Pequena advertência Mothern.
Então é Natal.
Matrioshka.
Fim de ano na moita.
Tomé, quem?!
Má-mãe ou A culpa também é uma merda.
Alê e o brinquedo de castigo.


Escreva sua opinião, comentário, sugestão etc.

motherns@hotmail.com


Outros Blogs
alice
afrodite
ask the dust
a teus pés
bloggete
blowg
brazileira preta
colega
copy & paste
daniel galera
daniel pellizzari
delicias cremosas
drops da fal
enigmatic mermaid
el latin lover
fel
fezoca's blurbs
gente
full giu
heranças
historias, estorias e afins
interney
internetc.
kaleidoscopio
lado b
lets blogar
luisa
malgardee
mario av
marketing hacker
moshi moshi
mosteiro virtual
mui gats
mulherzinha
mundoperfeito
nadas
oba fofia
o relicário
plenamente
rendição
síntesedas antíteses
speed log
sub rosa
the obvious?
wumanity
zamorim
zel


Alguns Sites
02 neuronio
adbusters
baderna
clube do bebe
corre cotia
palavra cantada
tpm


Jabá dos Maridos
Ki-Aikidô
Massive Reggae


Foto das Motherns
Márcia Charnizon


Blog Design
Laura Guimarães


Programação
Giuliana Xavier


Arquivos


ATOM FEED



This page is powered by Blogger.
 

30.8.02:::
 

Fechando com chave de ouro a sexta-feira, um lindo desvario da fada-madrinha Patrícia:

"Gabriela caiu de testa no chão.
Foi bem assim: estava no carrinho e, pronto, não estava mais.
(Gabriela, se puxou a madrinha, queria voar do carrinho e descobriu então a lei da gravidade. Nada grave. Descobrir é sempre bom.)
Gabriela caiu de testa no chão e nem chorou. Levou um susto e adivinho que ficou pálida - a existência das quedas em contraponto aos vôos é uma lição muito cruel. Mas lágrimas, ela só as verteu no momento da aplicação do gelo sobre o inevitável galo.
(Se puxou a madrinha, vai ser assim para a vida afora: chorar pouco pelas pancadas e inevitavelmente pelas mágoas decorrentes dos processos de cura.)
Peguei Gabriela no colo, abracei, abracei. Pus a mão sobre o seu coração e expliquei, com o meu coração na mão:
- Há males que vêm para o bem.
Gabriela chorou ainda mais. Não que não tivesse entendido. O que aconteceu é que ela não se conformou.
(Gabriela, se puxou a madrinha, não vai se conformar nunca.)"

Bom fim de semana para vocês!


6:28 PM

 

Mais um:

Passeio bacana também é levar as crias para respirar ares de finesse no Salão da Casa e do Campo, no Chevals. Mais informações no site do evento (muito bem produzido, aliás, pelos meus amigos da Dez).


3:14 PM

 

E para não dizerem que este blog está muito regionalista, uma dica para as amigas de Sampa:

Sandra Peres e Paulo Tatit, do Palavra Cantada, convidam para o espetáculo cênico/ musical O SOM É ASSIM, ensinando as crianças a escutar e reconhecer a sonoridade dos instrumentos.
Neste domingo, 01/09, o tema vai ser Percussão Corporal e Piano, com Barbatuques.
No Teatro do SESC IPIRANGA, r. Bom Pastor, 822, a partir das 16h. Informações pelo telefone (11) 3340-2000.

É isso aí: Tambolelê aqui, Palavra Cantada lá, nesta semana as crianças estão muito bem servidas de música de qualidade. E assim a gente vai neutralizando a Xuxa e suas seguidoras...


3:03 PM

 

Cláudia Mazzoni nos mandou mais uma dica bacana de programa com as crianças neste fim de semana, aqui em BH:

"Neste sábado, 31/08, de 10h ao meio-dia, tem CLIC Aberto, com uma peça de teatro muito bacana, com atores e bonecos falando sobre lixo, meio ambiente, etc... de um jeito interessante."

Para quem não conhece, o CLIC (Centro Lúdico de Interação e Cultura) fica na r. Campana, 138, no Sion. Informações pelo telefone (31) 3287-9053.


2:27 PM

 

Reservem suas mães, sogras e maridos que lá vem programa bacana para fazer sem criancas:

O FID, (Fórum Internacional de Dança) inicia nova etapa de atividades no dia 29 de agosto com a estréia do programa Extensão Brasil, patrocinado pela Petrobras. O Grupo Cena 11 Cia de Dança, de Florianópolis (SC), é a primeira atração do programa, que durante nove meses, vai movimentar o cenário da dança contemporânea em Belo Horizonte. O programa prossegue até junho de 2003, quando nove companhias e coreógrafos de cinco estados brasileiros terão desembarcado na capital mineira.
Uma vez por mês, até junho de 2003 (exceto dezembro de 2002 e janeiro de 2003), o FID Extensão Brasil trará a capital mineira uma companhia ou coreógrafo para a apresentação de espetáculos a preços populares (R$ 5 e R$ 2,50 - meia-entrada para estudantes) e a realização de oficinas gratuitas, laboratórios voltados à troca de experiências entre os profissionais da dança local e os grupos de outras regiões do País que compõem o panorama atual da dança contemporânea brasileira e o Seminário “espaçotempo”, programado para o período de novembro 2002 a junho de 2003.


11:27 AM

 

"Um menino prodígio é uma criança cujos pais têm muita imaginação."
Jean Cocteau.

"A melhor maneira de ter bons filhos é fazê-los felizes."
Oscar Wilde.

: : Laura lendo Phrase Book Kids, do Duailibi : :


11:17 AM

 

"Meus filmes, de certa forma, são respostas a perguntas de meus filhos."
Steven Spielberg.

: : Laura para Juju e Alice : :


11:13 AM

29.8.02:::
 

E neste domingão com as crianças em BH, uma boa pedida é a apresentação do Tambolelê no Teatro de Arena do Parque das Mangabeiras, às 11h. (Para quem – como nós – perdeu a apresentação do bar do FIT, no dia do Encontro-Mothern.)

Nossa repórter cultural volta assim que souber de outros programas legais.
Obrigada pela atenção.


6:47 PM

 

Enquanto nenhum post novo sai do forno por aqui, vocês podem ir-se deliciando com as alquimias da Sônia Hirsch, nesta apetitosa porção do biscoito fino que ela acabou de preparar para nós, e que você degusta aqui.
Bom apetite! (De coração.)

: : Ju : :


6:17 PM

28.8.02:::
 

O post que estava aqui em breve estará no livro Mothern - Manual da Mãe Moderna.


3:56 PM

27.8.02:::
 

Showtime

Boi, boi, boi, boi da cara preta... toda noite pode encher a paciência de uma mothern. Se este é o seu caso, está na hora então de cantar suas canções preferidas para o rebento dormir. Sugestões:

.O leãozinho, Lua de São Jorge, Quero ver você passar por aqui, Boas vindas, Shy moon (yes, com Ritchie!), do Caetano. Lua e estrela, Vinícius Cantuária. Dorme neguinha.
.Casinha na Marambaia, como na gravação doce do Moreno.
.A banda, Só a bailarina que não tem, Agora eu era o herói, do Chico.
.My baby just cares for me, da Nina Simone
.Todas as faixas do Café Atlântico, da Cesaria Evora.
.Misty morning, One drop, She’s gone, do Bob Marley.
.Me gustas tu, do Manu Chao (você pode ir mudando as palavras).
.Sonífera ilha, Titãs, por razões óbvias.
.Borboleta pequenina e Para ver as meninas, como a Marisa Monte gravou.
.Quase todas dos Beatles, para ele conhecer os clássicos do tempo da vovó.
.Madonna, para ele conhecer os clássicos do tempo da mamãe.
.Aqueles belos roques melancólicos do R.E.M., dos Smiths, do Red Hot Chilli Peppers, dos Strokes, dos Cranberries etc.
É só cantar devagar e bem baixinho. Seu filho adquire cultura musical e você se diverte tanto que continua cantando, mesmo depois que ele dormiu.

: : Laura : :
ps. Não revisei os nomes, se eu tiver errado algum, por favor me corrijam. Fiquei com sono.



10:21 PM

 

“Não sou eu como uma verdade mas eu como a incerteza do eu, lendo esses textos da perdição. Quanto mais os leio, tanto menos os compreendo, tanto mais ele deixa de ser evidente.”
Jacques Sojcher.

“Longe de serem escritores, fundadores de um lugar próprio, herdeiros dos servos de antigamente mas agora trabalhando no solo da linguagem, cavadores de poços e construtores de casas, os leitores são viajantes; circulam nas terras alheias, nômades caçando por conta própria através dos campos que não escreveram, arrebatando os bens do Egito para usufruí-los.”
Michel de Certeau.

: : Post-cabeça de Laura para Daniela : :


8:59 PM

26.8.02:::
 

Mothern Cibele, lá no nosso blog de visitas, pede sugestões de nome para meninos. Escolher o nome é mesmo uma das tarefas mais deliciosas e importantes da maternidade. Isso me lembrou um diálogo verídico, já clássico em Belo Horizonte:

No Arraial D Ajuda, minha irmã dançava lambada com um nativo.
_Qual é o seu nome, morena?
_Mariana.
_Belíssimo nome!
_Obrigada. E o seu?
_Elismar.
_É isso aí.

: : Laura : :


8:30 AM

23.8.02:::
 

O tio Rui, que nos agraciou com sua ilustre visita, deixou o seguinte recado no guestbook:

“Mamãezinhas, tenho novidades para vocês: sabem esses bebezinhos fofos que vocês mocinhas criam com amor, carinho, longe das papinhas enlatadas e tal e coisa??? Quero lhes contar que eles crescerão, virão morar com vocês no Canadá e daí começarão a se meter na quantidade de martinis que vocês bebem, na quantidade de cubanos que vocês fumam, na rotatividade de garoutas bonitas que vocês convidam pra comer caçarola de atum no apartamento de vocês, na idade avançada das cuecas que vocês têm nas gavetas, no teor alcoólico dos amigos que vocês recebem em casa e na hora em que vocês voltam das baladas. Sim, sim, sim, a triste verdade é que esses bebezinhos fofos que vocês criam agora, transformar-se-ão (aaaaiiii) nuns chatos de galocha em um futuro breve, brevíssimo.
Eu sei que a minha Gi tá me enchendo o saco, tou quase denunciando ela pra imigração.
Tenho dito
Tio Rui”

Apesar da minha pouca experiência nas coisas da vida (ok, em algumas), tenho um palpite, tio Rui: é vingança, vingança, vingança! O sábio Darcy Ribeiro já disse: não tive filhos, nunca tive que domar ninguém.
O que fazem os pais e mães? Enchem o saco dos filhos até que eles crescem e resolvem encher o saco dos namorados, mulheres, maridos, amantes, para depois completar o ciclo enchendo o saco dos pais.
Quantas vezes não encarna em você, querida leitora, a mãe chata, que não deixa pular na piscina, enfiar a batatinha no milkshake, gritar no meio da praça? Quantas vezes você fala um não! sem pensar que bem que poderia ser sim, mas que é melhor não arriscar a deixar, porque depois acostuma e tal.
Fulaninha, não bebe a água da piscina! Menino, não sobe aí! Minha filha, fica quietinha. Benzinho, não deita no chão! Não, não pode, não deve, é feio, faz mal. Meu bem, por que você não me liga? Mas sozinha? Você tá fumando demais. Você está muito gorda. Você tem que fazer exercício. Você só chega atrasada. Sua roupa está estranha. Esse quarto tá uma bagunça. Você tem que se cuidar. Não pode dormir tão tarde. E o colesterol? Você já foi ao médico?
Sim, eu sei que é tudo por amor, ser mãe é lindo, educar e cuidar são tarefas maravilhosas, mas, putz, domar os outros é muito chato. E pode viciar.

: : Laura : :


7:28 PM

 

Aviso aos navegantes

O Encontro-Mothern de hoje está superhipermega de pé, contando até com participação de uma mothern carioca. Para quem também vai, só umas dicas:
. Quanto mais cedo vocês chegarem, melhor. Depois de uma certa hora as filas estão ficando enormes! O ingresso p/ entrar no parque é R$5,00 e, se você puder, vale a pena comprar antecipado. Assim que entrar abasteça-se também de fichas de bebidas, porque essas filas são as maiores.
. Em caso de desencontro, vamos tentar ficar próximas à barraca indiana (Vishnu). Até porque o samosa que vendem lá é algo tudo de bom.
. Se você está lendo este post, então sua presença é indispensável! A gente se vê lá!


12:02 PM

22.8.02:::
 

Pode ser ressaca tardia, pode ter sido a overdose de egos inflados que presenciei anteontem, ou a minha foto ali em cima, só sei que esse desvario de Patrícia me fez pensar:
"Não há nada mais brilhante do que um bom anonimato."
E vindo logo dela que, quando conheci, queria a fama.

: : Laura : :


10:17 PM

21.8.02:::
 

ATENÇÃO, ATENÇÃO: IMPERDÍVEL!

Estamos promovendo o Primeiro Encontro Mothern de Belo Horizonte, nesta sexta-feira, 23/08, a partir das 22 horas, no Bar do FIT (Parque Municipal).

Programação do dia
Abertura do Ponto de Encontro: 22h
Fila Deu Palla: "Pedro Augusto e o Freezer" (intervenção sem horário definido).
Fala Tambor (intervenção): 23h
Velha Guarda do Samba (intervenção): 00h15
Bloco Tambolelê (intervenção): 1h20
Vander Lee (show): 1h45
DJ Fausto / Guest DJ: 2h45
Encerramento: 4h (com as mães sobreviventes devidamente mamadas. Hahaha!)

Aos interessados, é só chegar e procurar pelas moçoilas da foto aí em cima. Vamos adorar conhecer vocês!

: : A Diretoria: :

PS: Fatherns e sem-filhos em geral também serão bem-vindos (e com certeza vão ter um dia seguinte bem mais fácil que o nosso).


2:37 PM

19.8.02:::
 

O post que estava aqui em breve estará no livro Mothern - Manual da Mãe Moderna.


11:58 PM

 

Minha melhor amiga, a Dani, e sua irmã e minha xará, a Ju, agora têm este blog. Vamos todos visitá-las e dar as boas-vindas à turma?

E por falar em Dani (e em xará), a outra está escrevendo cada dia melhor, putaqueopariu! Dá uma conferida aqui e aqui, e fala se eu tô mentindo!

Dani(s), adoro você(s), viu?!

: : Ju : :


6:52 PM

 

O Homem-Banguela

O maior aliado da higiene bucal lá em casa atualmente é o “Homem-Banguela”.
O “Homem-Banguela” é um guardador de carros da região central de BH (mas não seja por isso: o que não falta neste país miserável são homens-banguelas), em cuja boca só sobraram os molares (se todos).
A visão deste sorriso sem dentes impressionou muitíssimo a Alice, que, arregalada, me perguntou:
- Ele não tem dente não, mamãe?!
Meus instintos publicitários imediatamente enxergaram ali o garoto-propaganda ideal para meus esforços educativos pró-higiene bucal. E respondi:
- Ele tinha dentes antes, Alice, mas ele não escovava, e nem deixava a mamãe dele escovar. Aí os bichinhos da cárie comeram os dentes dele todinhos, até eles caírem!
Agora, qualquer início de birra ou preguiça para escovar os dentes, é só lembrar “ih, o ‘Homem-Banguela’ também era assim” e pronto: num instante uma boquinha aberta se estende para mim.

Com certeza este método heterodoxo não deve ser recomendado pela Dra. Valéria e seus colegas. Talvez até haja alguma contra-indicação a ele nos manuais de psicologia infantil.
Mas, olha, eu nunca vi nada tão eficiente!

: : Ju : :


1:56 PM

16.8.02:::
 

Fim de semana bacana

Para a turma mineira que vai ficar por aqui no fim de semana, umas dicas bem legais de programas que dão para fazer com as crianças:

. FESTA GENTILEZA (uma dica da Patty e do Serginho)
“Domingo, 15 de agosto, a partir das 12h na Praça da Savassi, os Devotos do Movimento Hare Krishna iniciarão o Parikrama (cortejo) com as Deidades de Jagannatha, Baladeva, Subhadra, com destino à Festa Gentileza. A previsão de chegada na Festa Gentileza é por volta das 13h. Durante o Parikrama haverá Kirtana (canto e dança devocional). Na Festa Gentileza haverá distribuição de Prasada (alimento vegetariano típicamente indiano).”
As crianças adoram os cantos e os coloridos das roupas, e a família toda se confraterniza com o povo do bem. Programa legal!

. FIT-BH/2002 - 6 º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO, PALCO E RUA
Até 25 de agosto, em vários palcos e ruas da cidade, uma série de espetáculos nacionais e internacionais de palco, com preços populares, e de rua, gratuitos. Procurei um link para a programação completa, mas não encontrei (quem souber algum, por favor, me passe que eu coloco aqui). Sei que hoje tem Cia. do Público (RJ) no Parque Municipal às 16 e Jurujujaja (Arg.) no Mercado da Lagoinha às 20h, para falar só dos gratuitos. Mas no final de semana inteiro tem um monte de espetáculos bem legais, nesta nova edição do Festival que há 6 anos movimenta BH. Não deixe de ver alguma coisa. (Ah, agora achei o site do Festival.)

. FESTIVAL DE GASTRONOMIA DE TIRADENTES
Para quem topa encarar uma estrada, tem também essa deliciosa opção: a quinta edição do festival gastronômico da mais charmosa cidade das Minas Gerais. Imperdível!

Bom fim de semana pra vocês, então. A gente se encontra num desses programas.

: : Ju : :


12:55 PM

14.8.02:::
 

Algum internauta chegou até aqui dando uma busca por "música tema escrava Isaura".
Meu amigo, você veio ao lugar certo!
Pelo tanto que eu tenho trabalhado e pelo saldo que me resta no banco, vou fazer uma apresentação inédita e exclusiva, à capela, em sua homenagem:

"Lerê, lerê, lerêlerêlerê...
Lerê, lerê, lerêlerêlerê...
Vida de nêgo é difícil, é difícil como o quê.
Vida de nêgo é difícil, é difícil como o quê.
Um gazo, um gazunguêro..."

Vamo lá, gente, agora em coro...

: : Ju : :


2:23 PM

 

A TPM de agosto chegou, com a nossa lista de motivos para ser uma mothern. A revista está um luxo, ensaio com o Gianecchini de olho pintado, ufff... (bem mais ao nosso gosto que o moço estilo troglô da edicão anterior). TPM assim, a gente quer todo mês!


10:54 AM

13.8.02:::
 

Feira Moderna
(ou mais um da série “posts com nome de música”)

Devo confessar que tenho um fraco por supermercados. Ao contrário da maioria das pessoas, eu adoro empurrar um carrinho entre as gôndolas, ficar horas comparando preços, procurando a listagem de ingredientes em corpo 5 nas embalagens de alimentos (e vocês não imaginam a quantidade de venenos que a gente encontra nessas leituras!), riscando itens das listinhas; enfim, eu realmente me deleito com esse delicioso momento da mais pura alienação consumista.
Mas a verdade é que fazer supermercado com uma criança ao lado (ou dentro do carrinho. Ou pior: fora, brigando com você por quem é que vai empurrá-lo) é uma experiência bem mais radical. Por isso é que vou ensinar agora alguns truquezinhos básicos para tornar esta tarefa um pouco menos estressante. Vamos a eles:
. Os primeiros momentos costumam ser tranqüilos. O simples fato de estar dentro do carrinho (em pé ou sentada na cadeirinha própria) já é novidade suficiente para manter a criança entretida. Este é o momento de começar suas compras pela seção mais entediante do supermercado (pelo menos para as crianças): a de limpeza.
. Para não ficar completamente enlouquecida, eu sugiro uma estratégia zigue-zague, passando por todas as outras seções, numa velocidade que varia de acordo com o número de itens que você pretende levar de cada uma delas. A partir da segunda ou terceira, seu filho já deve dar mostras de tédio e rebeldia com o carrinho. É hora do “produto-de-passeio”.
. O “produto-de-passeio”, como o próprio nome já diz, é um produto que seu filho vai poder escolher para passear com ele pelo supermercado. Mas você tem que deixar claro que aquele produto NÃO está à venda, ele está ali apenas para passear. No supermercado que eu freqüento, um ótimo produto-de-passeio são uns balões a gás que ficam próximos ao caixa (que eles vendem a R$6,00 para os pais desavisados que não leram este blog!). O produto-de-passeio garante mais uns 5 a 10 minutos de sossego, que é o tempo que leva para seu filho enjoar dele.
. Descendo do carrinho. Tem uma hora que isso fica incontrolável, e a criança não aceita mais ficar passivamente no carrinho. O que não é de todo ruim, já que nesta hora provavelmente os produtos vão estar mesmo precisando de mais espaço. Neste momento você tem que redobrar a paciência, porque o ritmo do zigue-zague cai bastante.
. Negociando as compras. Passeio ao supermercado pode servir também de aula de economia para seus filhos. Nada de levar tudo o que eles pedem, embora a opinião deles também deva ser levada em conta. No momento em que eles descem do carrinho e as prateleiras mais baixas (onde eles põem os produtos mais atraentes para as crianças) ficam ao seu alcance, seu filho pode ter um descontrol básico, que inclui de choramingos a esperneadas histéricas. Não ceda sempre, mas também não seja duro demais, senão você corre o risco de ficar horas empacado na seção de doces. Se o descontrol estiver em estágio avançado, não hesite: deixe a criança colocar o produto-da-discórdia no carrinho e não renda muito assunto. Pode ser que dali a pouco ela esqueça. Se não, use a dica final, a mais importante de todas:
. A esteira abdutora do caixa. Esta é sua principal aliada numa ida ao supermercado com as crianças: a esteira do caixa vai abduzir pelo menos a metade dos itens desnecessários que a esta altura superlotam seu carrinho. Você precisa ter mãos ágeis e boa lábia para a criança não perceber que todos os pacotinhos de chips estão sumindo entre a saída do carrinho e a entrada da leitora ótica.
Mas de mãos ágeis e boa lábia toda mothern entende ; )

: : Ju : :


7:04 PM

12.8.02:::
 

Esses livros que eu leio causam sensações...

Sou formada por livros. Essa teia de idéias/valores/visões de mundo/vestígios concatenados que vocês (re)conhecem como a Ju é uma fusão de milhares e milhares de livros digeridos e transformados nesta que vos fala.
A importância da literatura na minha construção é tanta, que volta e meia me pego pensando em quais livros gostaria de legar para Alice (e confesso que às vezes compro livros que já li há muito tempo e não tinha mais, só para ter a certeza de que um dia ela também vai ter acesso a eles).
Desde que me entendo por gente, minha mãe lia para mim todos os dias, antes de dormir, e voltava do trabalho sempre trazendo mais um volume, nem que fosse de quadrinhos, criando um vício que eu cultivo até hoje.
Para quem tem filhos entre 7 e 12 anos, e está começando a montar uma biblioteca para eles, aí vai uma listinha básica, com os títulos infanto-juvenis que mais marcaram minha infância/pré-adolescência:
- Toda a série autobiográfica de Laura Ingalls Wilder. Imperdível, essa série clássica da literatura juvenil norte-americana marcou minha infância. Li os 9 livros que compõem a obra por empréstimo da Biblioteca Pública. Para minha alegria, eles foram reeditados, e pude levá-los para o Dedé, que também adorou!
- De autores brasileiros me lembro de pouca coisa, especialmente “Pai, me compra um amigo”, do Pedro Bloch, “Minha Vida de Menina”, de Helena Morley, “Meu Pé de Laranja Lima” cujo nome do autor agora me fugiu (acho que o sobrenome era Vasconcelos) e “Histórias do Mundo para Crianças” do Monteiro Lobato, que reli trocentas mil vezes.
- A Pequena Princesa, de Francis H. Burnnett. Outro clássico, fazia parte de uma coleção da EDIOURO que eu devorei quase toda numa época difícil da minha vida, pouco depois de perder meu pai. A Coleção se chamava “Baleia Bacana” (sic!) e, além da Pequena Princesa, tinha outros títulos geniais, como:
- O Pequeno Lorde
- Heidi e Outra Vez Heidi
- As Meninas Exemplares, Sofia, a Desastrada e As Férias: uma trilogia deliciosa da Condessa de Ségur, ambientada na França do séc XIX.
- Os Patins de Prata
- O Menino Sem Pátria
- A Garota Rebelde
- Júlia dos Sete aos Dezessete
- Jane Eyre
- Pollyanna e Pollyanna Moça
Na maioria deles, as crianças passam por grandes sofrimentos, até a rendenção final, numa alegoria óbvia do processo de crescimento. Do nome dos autores eu não me lembro mais, mas se você esbarrar em qualquer desses títulos, pode levar sem medo. Essas histórias todas, e as tardes que passei debruçada sobre elas, são uma das melhores lembranças que eu guardo comigo.

: : Ju : :


3:24 PM

11.8.02:::
 

Em tempo: um grande beijo para o meu sério pai, de quem herdei a cara-de-pau de fazer piadinhas e trocadilhos infames.

: : Laura : :


9:18 PM

 

Há tempos não falo desse meu filho. Na verdade, o Heranças é cheio de pais (e mães), 'as vezes até me esqueço dele, mas sempre me divirto ao ver novas participações. E você, já foi ?

: : Laura : :


8:51 AM

 

Assim como a inveja, o mau humor é uma merda. Existem, sim, aqueles mal-humorados famosos, adoráveis e com estilo, mas, no geral, este estado d’alma só serve para atrapalhar a vida da gente.

Venho aqui alertar para o mau humor que vem de baixo para cima, isto é, do filho para os pais. É mais ou menos assim: está tudo bem, estilo margarina. A criança, com tps (tensão pré-soninho), tpa (tensão pré-almoço) ou chatice mesmo, começa criar a caso por causa de uma bobagem. Você e o seu marido, tranqüilos, tentam resolver o problema e voltar a fazer o que estavam fazendo. Não dá. O chilique da criança vai num crescendo que torna impossível qualquer tipo de outra coisa e ela consegue finalmente atrair toda a atenção do casal que a essa altura já começou a brigar. Vocês não percebem que o pior aconteceu. O mau humor infantil, doença contagiosa, se alastrou. O que fazer nesses casos:

.Aprenda a identificar o começo do processo, quando ele está prestes a ser detonado. Por exemplo: vocês estavam de namorico e de repente começam a discutir seriamente sobre a relevância do aniversário do Caetano.

.Separe o mau humor da infância do mau humor da maturidade. Seja um adulto superior e aceite que a criança precisa de atenção. Já basta um brigando.

.Invente uma piada sobre mau humor infantil e lembre-se dela toda vez que o processo se instalar. O Ed da Ju tem uma palavrinha boa para isso: desmistuuuura...

.Pode parecer o fim da picada, mas numa situação assim, é melhor que uma pessoa do casal seja eleita a moderadora-do-piti-do-menino e que a outra deixe o aposento para que ela se vire sozinha. Depois que passar o acesso, pelo menos alguém estará em condições de conversar sem bufar.

.Não fique palpitando na orelha do moderador. Isso irá irritá-lo ainda mais.

Ou renda-se aos acontecimentos e fique emburrada pelo resto do dia para sarar só ‘a noite. Num sábado sem graça e com cólica menstrual, um pouco de mau humor pode ser até divertido.

: : Laura : :


1:30 AM

10.8.02:::
 

Acabou.
A escola ensaiou uma mesma canção para o dia dos pais, desde o maternal até o terceiro período. Nina já entende a importância do fator surpresa. Gabi, imediata, queria cantar a musiquinha sempre que via o papai. Drama em família: uma começando a cantar, a outra gritando para impedir. Uma, a estraga-prazer da outra. Acabou. A festinha foi ontem. Pai feliz, mãe feliz.

: : Laura : :

ps. Parabéns aos pais que nos lêem. E aos maridos, companheiros, namorados e amigos das moças que nos lêem. E, é claro, a Leo e Ed, nossos companheiros de vida selvagem.


10:33 PM

 

Tenho duas turmas de alunos.

Uma é de quase calouros, primeiro ano de faculdade, fresquinhos. É um grupo animado, curioso, que quer saber de tudo. São um tanto quanto barulhentos e agitados, ‘as vezes difíceis de controlar, mas doces e engraçados. Precisam de muita atenção, mas cantam distraídos enquanto fazem os trabalhos que eu mando. Precisam que eu pegue pela mão para fazer um simples box no quark. São um pouco adolescentes, assim como a Gabi é um restinho de bebê.

Minha outra turma está perto da formatura. Me surpreendem, me ensinam, me desafiam. Têm conhecimento, humor malandro e um certo ar blasé de quem já passou por muita coisa (mesmo que sejam só uns 3 anos de faculdade). Com eles, dá pra conversar feito gente grande, deixá-los atender o telefone e fazer o para casa sozinhos. Mas ainda têm aquela inocência e expectativa de quem quer saber como é o mundo lá fora. Assim feito a Nina.

Adoro as duas.

: : Laura : :


10:31 PM

6.8.02:::
 

Contrariando sua própria previsão, hoje Alice foi felizinha, felizinha para a escola, levando a Po (para quem não é mãe, Po é aquela teletubbie vermelha, que a Lili ama). Chegou, foi brincar de esconde-esconde com os coleguinhas e nem deu bola quando eu me despedi, contando que hoje quem ia ficar por perto era o papai.
"Tá, tchau".

Como assim, tchau?
(Meu Deus! Acho que a síndrome do ninho vazio começa mais cedo do que eu imaginava! Alguém aí conhece algum curso de cerâmica? Bordado? Culinária tailandesa?)

: : Ju : :


11:06 AM

5.8.02:::
 

De começos e outras dores.

É sempre mais fácil escrever sobre aqueles assuntos dos quais já temos o famosos distanciamento crítico. Cólicas, furos na orelha, dores passadas a gente tira de letra. Difícil é quando o tema está tão intenso e pulsante no seu agora que ainda não dá nem para rir dele. Nem rir, nem fugir: a questão te ocupa por inteiro e o jeito é falar nela, mesmo correndo o risco de enganos, exageros e sentimentalismos, pelo tamanho do envolvimento.

Esse assunto materno que tem me exigido toda nestes últimos dias é a adaptação da Alice na escolinha. Quem acompanha este blog sabe que o assunto, apesar do humor com que foi tratado, já há algum tempo tirava meu sono. Decisão tomada (não de todo sem dúvidas, é claro, mas pelo menos muito bem embasada), hoje já é o terceiro dia em que eu (sozinha ou com o Ed) acompanho a Alice à escolinha.

Aliás, estou escrevendo este texto à mão, sentada a alguns metros da salinha onde ela está, na expectativa de que a qualquer momento uma carinha chorosa me apareça pela frente, fazendo beicinho e repetindo, convicta “eu só quero você, mamãe. Eu só quero você mesmo.” (isso eu ouvi na sexta, um pouco antes dela esquecer completamente o assunto e sair saltitante rumo ao escorregador).

Eu sei que, para a maioria dos pais (os normais, pelo menos), é muito tranqüilo encarar o fato de que todo filho vai passar por pequenas decepções, rejeições, angústias, inseguranças, solidões, desilusões e todas essas experiências que compõem o fardo da nossa condição humana.

Não sei se movida por alguma vivência própria (apagada, por auto-defesa, da minha memória), ou pelo excesso de leitura da Clarice Lispector (que soube como ninguém retratar o lado mais denso da infância), o fato é que esses primeiros confrontos com a dura verdade de que nem tudo no mundo é exatamente como a gente gostaria me parecem ser o período mais difícil e decisivo na formação de uma pessoa.

O empurrão de um colega, uma professora que não ouve ou não compreende exatamente o que você diz, a outra criança que arranca da sua mão o brinquedo que mais você desejava, ser vítima da primeira chacota, a brincadeira que tem hora certa para acabar, a descoberta de que ninguém mais é tão disponível e tão interessado em você como seus pais, o coleguinha que rejeita um abraço, todas essas sitações às vezes me parecem doídas demais para alguém que só tem 2 anos. Ali, do outro lado daquela porta, Alice pode estar vivendo uma delas. Ou pode estar descobrindo novos prazeres, novas brincadeiras, a alegria de fazer um amigo, o desafio das novidades, o estímulo de perceber que o há um mundo inteiro a ser descoberto além da segurança de casa.
Muito provavelmente, um pouco de cada.

Não posso privá-la disso, nem amenizar para ela as horas difíceis. Neste monento, só posso lhe dar a garantia de estar aqui, esperando para ouvir suas histórias, rir com suas risadas, ou pronta para enxugar suas lágrimas, dar colo, carinho, consolo. Hoje, para minha filha, sou toda presença.

(...)

A primeira parte deste post foi escrita na escola. Uma hora antes do término das aulas, a Alice surgiu trazendo nos braços sacola, merendeira e a almofada que as criancas deixam na escola para se sentarem na hora da roda. A professora achou melhor não forçar e deixá-la ir.
Na despedida, peguntou se amanhã ela traria de volta a almofada que tanto quis levar pra casa. A resposta, decidida: “não, não vou trazer, não, porque amanhã eu não vou pra escola. Amanhã eu vou ficar na minha casa mesmo.”

Como se vê, amanhã já tenho assunto para um novo post.

: : Ju : :


2:53 PM

 

Me mudei de apartamento. Está tudo bem, Fal, mas algumas perguntas não querem calar:
. em que caixa se encontra o despertador Hello Kitty de musiquinha irritante, que me impede de chegar atrasada ao trabalho?
. onde, e com quem, estarão os documentos do meu carro, de que preciso para pagar seguro obrigatório e licenciamento já vencidos? Opção 1. com minha irmã, em Lavras-MG. Opção 2. em alguma caixa que ainda não foi aberta. Opção 3. em alguma bolsa mothern, bem debaixo do meu nariz. Opção 4. num caminhão de lixo, junto com toda a tralha de dispensei ontem.
. quando eu vou parar de sonhar que a Nina caiu da sua nova e bela e querida cama alta?
. como, por favor, eu posso convencer o Leo de que as suas centenas de fitas de video não cabem no apartamento?
. como entregar os programas de disciplina amanhã se estou sem computador e internet, e se os preciosos minutos que tenho perto de um, uso para blogar?
. será que os novos vizinhos concordarão com as minhas plantas no corredor e uma casona de plástico na área comum?
. e, por último, o que foi feito de uma barra de manteiga que estava na geladeira no dia mudança? Terão os homens da mudança sabiamente jogado no lixo, ou estará ela melando tudo dentro de uma caixa ainda fechada?
Beijos. Um dia eu volto.

: : Laura : :


11:38 AM

1.8.02:::
 

Olha gente aííííííííí, gente!

A Laura criou esse layout lindo, a Giu, mais uma vez nossa fada-madrinha, fez a mágica para tudo funcionar, a Márcia caprichou no click e agora, por favor, vocês podem comentar!

: : Ju : :


3:41 PM

 

Menina é um brinco!

Ontem à noite eu inventei de trocar os brincos que a Alice estava usando. Sono pesado, tintura de calêndula à mão, vamos lá. É só ter um pouco de firmeza (e frieza) que a operação não dura mais que segundos.

Como nenhuma das duas características é meu forte, claro que já na primeira tentativa ela começou a resmungar. Puxa daqui, atarracha de lá, a novela acabou durando beeeem mais que o previsto e só terminou com a Lili já acordada e aos prantos, acordando também o Ed, que, indignado, tentava entender que vaidade é essa capaz de fazer as mães torturarem suas filhas pela estética.

E olha que ele não viu nada. Quando ela nasceu, não permitimos às enfermeiras do hospital furarem as orelhas do bebê. De comum acordo, resolvemos acatar a sugestão da pediatra homeopata, segundo a qual nos 3 primeiros meses de vida de uma pessoa a interferência deve ser a mínima possível (uma espera que inclui até a vacinação).

Só que muito em breve eu descobri que o que define o sexo de um bebê para a maioria absoluta das pessoas é a existência ou não de brincos na orelha. Mesmo que você vista sua princesinha de rosa da cabeça aos pés, se ela não estiver usando o tal acessório, o comentário vai ser: “que lindo! Qual é o nome dele?”. No terceiro mês eu já não agüentava mais explicar às pessoas que, apesar da ausência daquela essencial parte da genitália feminina que se pendura nas orelhas, A MINHA FILHA É UMA ME-NI-NA!!!

Então, depois de finalmente cumprido o prazo que permitiria àquela alminha encarnar em paz, lá fui eu atrás de alguém que se dispusesse a fazê-la sentir a primeira de uma série de dores que a condição feminina nos reserva. A indicação foi uma enfermeira com anos de prática no ramo, que atende em casa e “a criança não sente nada”. Com o lugar exato já devidamente marcado por um acupunturista (providência tomada pelo pai), combinei com a mulher um horário em que o Ed não estava em casa.

A enfermeira realmente devia ter anos de prática, tal foi a agilidade com que ela transformou a mantinha da Alice num verdadeiro casulo do qual só saía a cabecinha do bebê, a essa hora já assustado pela total imobilidade do restante do corpinho. Fui encarregada de segurar a “trouxinha” imóvel, enquanto a tal enfermeira usava as duas mãos para fazer o brinquinho atravessar o surpreendentemente resistente lóbulo da orelhinha.

A Alice aqüentou firme, mas EU JURO, por uma fração de segundo o braço da mulher chegou a tremer pela força. Minhas pernas também, só de pensar que agora o mesmo teria que ser feito do outro lado!

A operação toda não durou mais que uns dois ou três minutos, que me pareceram horas. A recompensa: uma garotinha finalmente reconhecida como tal por qualquer passante. E, para o deleite da mãe, mais um acessório, além das roupinhas, das fraldinhas, dos sapatinhos, das presilhinhas, das tiarinhas... nesta deliciosa brincadeira de boneca que é ter uma filha!

: : Ju : :


12:19 PM